A peça tem, basicamente, dois actores principais - que gostei bastante de ver e ouvir: a intensidade com que falavam, discutiam e se moviam. A proximidade dos actores permitiu-me reparar, por exemplo, em pormenores muito discretos que me surpreenderam, especialmente nas partes mais intensas da peça. Mais não digo. Quem me conhece sabe que detesto entrar em grandes detalhes relativos a histórias de filmes, teatros e afins (Sou acérrimo defensor da experiência em primeira-mão de tudo o que uma obra de arte tem para oferecer. Para mim, a falta de expectativas permite usufruir o espectáculo da melhor maneira possível.)
Infelizmente, o acesso a este género de peças é bastante limitado, por isso se vierem a ter oportunidades não deixem de experimentar.
Na escuridão total, um homem conversa com seu psicoterapeuta sobre uma relação que terminou e sobre alguém que morreu. As luzes se acendem e iluminam uma longa mesa em cujas extremidades estão um homem e uma mulher. Segundo o diretor, o iraniano Amir Reza Koohestani, trata-se de uma história iraniana sobre um modo inteiramente diferente de lidar com o corpo, com as relações humanas, o tempo, a tradição e a sociedade.
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