11 junho 2006

O Código da Vinci

Li o livro e pensei que daria a adaptação em filme seria excelente, por todas as razões que já toda a gente está farta de saber (premissa interessante e uma caça ao tesouro, de ritmo frenético, com personagens que até dá para criar cumplicidade). Enganei-me: não falo da performance dos actores (e desculpem lá a coisinha, mas o Tom Hanks faz o que pode), não falo muito do argumento (sim, foi do mesmo autor de “Batman & Robin”, mas penso que conseguiu resumir bem o livro), podia falar da montagem (flashbacks e reconstrução do passado muito manhosos!), cenários (parecem-me fieis ao livro)… podia estar aqui meio ano a dissertar sobre os pontos mais criticáveis do filme, mas sinceramente, aquele “semi-bocejo” de 2 horas e meia não merece.

Para mim, de uma forma geral, a soma de todas as partes de uma adaptação cinematográfica não chega, mas nem de perto, à experiência de ler o livro que lhe deu origem. Mas, como se trata de meios diferentes, consigo tomar isso em consideração quando vejo um filme; e, se conseguir esquecer que estou perante uma recriação de uma realidade que conheço é muito bom sinal. Se começar a fazer muitas comparações é porque algo está mal (e contam-se pelos dedos as adaptações que gostei verdadeiramente – assim de repente lembro-me destes: O Exorcista, O Drácula de Bram Stoker, O Senhor dos Anéis).

Mas pronto, eu gostei daquela obra de ficção inócua que me entreteve durante uma semana, e achei o filme do Ron Howard mediano e secante. Desta vez, estou 100% de acordo com o crítico de serviço do ScreenIt.

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